GENÉTICA CANINA: A ESCOLHA DE UM CÃO
Existem maneiras ainda mais eficientes de diminuir a chance de nascimento de animais que desenvolvam displasia
Como se trata de uma doença multifatorial, é possível que seu animal tenha apresentado o laudo radiográfico A ou B, mesmo possuindo a predisposição genética para a doença. Isto acontece pois o mesmo cresceu em um ambiente positivo para a saúde da articulação.
Assim, uma maneira ainda mais adequada de avaliar a predisposição genética de seus cães utilizados na reprodução - e afinal o que os mesmos passarão para seus filhotes - é avaliar também os resultados de RX dos pais, avós e irmãos dos reprodutores, seguindo o que estabelece a Fundação Ortopédica para Animais (OFA), dos Estados Unidos, que sugere que os dados dos familiares são muito importantes de serem avaliados.
Esta maneira de avaliar seus reprodutores é especialmente útil quando você deseja fazer uma diferenciação entre cães classificados como "A" e "B".
Segundo a OFA, o RX do próprio animal não deve ser o único dado a ser avaliado, uma vez que existem cães com RX B que podem ser melhores reprodutores do que cães com RX A. Um cão com RX B e que possua ancestrais(pais e avós) com RX A e mais de 75% de seus irmãos com RX A ou B é um cão que pode ser cruzado tranquilamente, trazendo pouca chance de displasia na prole. Por outro lado, um cão com RX A, mas que possua ancestrais com resultados radiográficos piores (B, C, ... ) e que possua menos de 75% de seus irmãos com RX A, não é uma animal tão bom de ser utilizado em cruzamento, se a intenção é diminuir o nascimento de animais com displasia.
Veja nossa ilustração, baseada nestas propostas de avaliação de reprodutores da OFA:
A raça que você cria agradece!
Quanto menos animais inferiores a RX "B" existirem no pedigree de seus reprodutores, melhor!
Se utilizar um reprodutor "A" ou "B" que tenha alguns animais assim na família, tente sempre compensar cruzando com um animal "A" com a família adequada!